terça-feira, 4 de agosto de 2009

Gritos da arte


Encontrei um artista no meio da mata
Cantando uma canção de ninar
Ele dizia à madrugada
O quanto queria amar
Em seus sonhos entrei
Rapidamente
Por compartilhar
Das mesmas perdições
Nós conversamos
Exploramos nossas mentes
Dividimos as nossas ilusões
E depois

Juntos gritamos à natureza
Que a sua beleza era toda nossa
Que não precisávamos nos esconder
Pelo medo que limita a doce glória
De vencer a quem controla em nosso país
Todos os desejados e merecidos aplausos
Nos casebres, nas mansões e nos palcos
À bela voz de poetas como nós adormecidos
Que ainda esperam ser reconhecidos
Porque sentem e agem fora das doenças sociais
Contida no espaço e no meio para os desiguais
Em dinheiro, em ação, em política e educação
Que pequenos sonhadores só aos poucos solta
Através de incentivos fracos e coletivas portas
Dando ao menos os primeiros passos em sentido à ausência
Na intenção de atormentar algumas consciências
Lá acolá - deve estar triste, muito triste e perdido
O infeliz da podre avareza que nos reflete mendigos

Mas,

Para sempre e sempre e sempre, apesar de tudo

Este é o nosso mundo - a força da arte
a nossa casa, o nosso compromisso
a nossa alegria, o nosso sacrifício
a nossa vida, o nosso delírio
o nosso tempo, a nossa palavra
o nosso suspiro, a nossa chance
o nosso barco, a nossa água
o nosso estado, a nossa fome
De paz, de saúde, de sentimentos e virtudes

Para nunca e nunca e nunca desistir de sermos humanos


Torless